Durante a apresentação do Plano de Contingência da Educação para o Retorno às Aulas em Santa Catarina nesta quarta (9), a deputada estadual Luciane Carminatti (PT) chamou a atenção para a diferença entre abrir escolas e abrir bares, restaurantes e shoppings centers. 6l1q6h
A presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa destacou que o plano elaborado em regime colaborativo demonstra seriedade mas não define a data de retorno, pois esta decisão cabe às autoridades sanitárias, com previsão de estabilização ou queda da curva de contágio no mínimo quinze dias antes, de acordo com a matriz vigente em Santa Catarina.
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“À luz da ciência, e não da opinião nem da pressão; à luz do que apontam os especialistas em saúde pública; do que são as estruturas físicas das nossas unidades escolares; do que é um estudante em desenvolvimento; da experiência de outros estados, como o Amazonas, onde 342 profissionais foram contaminados após a reabertura das escolas; considerando ainda as seis audiências públicas regionalizadas promovidas pela Assembleia Legislativa, vejo com muita preocupação se pensar no retorno às escolas tão logo e, mais, ainda este ano”, destacou.
“Vamos correr o risco para quê, se estamos prestes a terminar o ano? É razoável que coloquemos em risco cerca de 1,7 milhão de estudantes e profissionais da educação? Sabemos que o retorno seguro só ocorrerá com a vacina, que pode demorar a chegar, é verdade. Mesmo assim, para que possamos voltar é necessário que haja estabilização da curva de contágio e números mais animadores. Se não, vamos correr um risco desnecessário. Nós já perdemos quase 130 mil vidas no Brasil, cujas mortes poderiam ser evitadas”, enfatizou a parlamentar.
“Enalteço a vida sempre em primeiro lugar; o trabalho que todos têm feito, em especial os professores submetidos a inúmeras formas de controle da frequência e da aprendizagem, e encerro reiterando que em relação à data, o retorno deve ocorrer somente quando houver muita segurança para a garantia da vida de todos”, concluiu.
